Estudantes já podem fazer renovação, diz FNDE
Os estudantes que já têm contrato do Fundo de Financiamento
Estudantil (Fies) já podem fazer o aditamento dos contratos do segundo
semestre. A renovação deve ser feita pela internet, por meio do Sistema
Informatizado do Fies (SisFies). Em nota divulgada na tarde desta quarta-feira
(19), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) afirmou que os
estudantes têm até o dia 31 de outubro para validar as informações.
Cada contrato de financiamento deve ser renovado (ou aditado)
a cada novo semestre. A validação de informações por parte dos estudantes,
segundo o FNDE, é o último passo antes da formalização da renovação dos
contratos. No dia 7 de outubro, o sistema foi aberto para que as instituições
pedissem o aditamento. Até esta quarta, já foram requisitadas as renovações de
mais de 750 mil contratos, afirmou o FNDE.
Segundo o presidente do fundo, Gastão Vieira, o aditamento
está garantido para todos os estudantes que estão em situação regular no
programa. "Todos os estudantes regulares com o programa poderão fazer os
aditamentos, nem que tenhamos que prorrogar o prazo", disse ele.
Caso alguma cláusula do contrato precise ser alterada, como a
mudança do fiador, a validação das informações não poderá ser feita pelo
SisFies. Esse caso é classificado pelo FNDE como "aditamento não
simplificado". Para fazer esse tipo de aditamento, "o estudante
precisa ainda levar a documentação comprovatória ao agente financeiro para finalizar
a renovação", explica o órgão. Caso o aditamento seja simplificado, ou
seja, o contrato não precise mudar, basta formalizar a renovação pelo sistema
online.
Mais verba para o Fies
Na terça (18), o Congresso Nacional aprovou a liberação de R$
702,5 milhões para o pagamento de taxas administrativas do Fies, o que, segundo
o ministro da Educação, Mendonça Filho, permitirão a normalização de cerca de
1,5 milhão de contratos com instituições de ensino. Os pagamentos estavam com
atraso de cerca de quatro meses.
Taxas administrativas
O atraso no repasse de dinheiro para o financiamento
estudantil ocorre porque o governo federal precisa quitar taxas administrativas
com os bancos oficiais, que operam o programa.
A aprovação da verba suplementar para o Fies era necessária
para que fosse quitada a dívida acumulada com a Caixa Econômica Federal e com o
Banco do Brasil, que são responsáveis pelos contratos. Sem a autorização do
Congresso, a liberação do dinheiro que já existe para pagar as faculdades não
poderia ser realizada.
Cerca de 1,5 milhão de contratos deverão ser aditados neste
segundo semestre, envolvendo um investimento da ordem de R$ 8,6 bilhões, que já
está reservado no orçamento da pasta. Ao todo, o programa de financiamento deve
utilizar R$ 18,7 bilhões em 2016.
Para o ano de 2017, o MEC diz que já enviou ao Congresso
Nacional o Projeto de Lei Orçamentária contemplando recursos da ordem de R$ 21
bilhões para o Fies.
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