MEC pode anunciar mudanças no FIES para os próximos semestres
O Ministério da Educação (MEC) deve apresentar até o dia 7 de
fevereiro algumas das novas regras do Fies, programa de financiamento
estudantil do governo. O prazo para os alunos solicitarem o financiamento vai
de 7 a 10 de fevereiro.
O anúncio de algumas das novas regras deve ser feito em
conjunto com o número de vagas a ser ofertado no primeiro semestre deste ano.
Outras mudanças no programa de financiamento estudantil estão sendo analisadas
em conjunto com o Ministério da Fazenda e podem ser divulgadas num prazo de 60
dias.
O MEC não informou detalhes das mudanças que pretende
implementar. "O FNDE [Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação] está
avaliando todos os aspectos que envolvem o Fies, tendo como foco a
sustentabilidade e boa gestão do programa. Ao terminar este trabalho, num prazo
de 60 dias, o MEC e o Ministério da Fazenda vão apresentar à sociedade uma
proposta de readequação do fundo, mantendo a política de financiamento que
garante aos mais pobres o acesso ao ensino superior", informou nota do MEC
que, contratou a consultoria McKinsey para viabilizar o novo Fies.
No ano passado, foram abertos 250 mil novos financiamentos no
primeiro semestre e outros 75 mil no segundo semestre. No entanto, cerca de 50%
não foram preenchidos porque os alunos não conseguem se enquadrar às regras que
exigem uma nota mínima de 450 pontos e não zerar na redação do exame do Enem,
além de renda per capita familiar de até três salários mínimos.
O MEC já informou, por diversas vezes, que não pretende
alterar as exigências acadêmicas do Fies. Já em relação à renda, o ponto que
gera reclamações de alunos e faculdades é que os estudantes com rendimento de
três salários mínimos não conseguem um financiamento de 100%, e sim uma parcela
bem inferior. Com isso, muitos alunos preferem abrir mão do Fies e pedir
diretamente para a instituição de ensino um abatimento na mensalidade.
Segundo fontes, uma mudança que está sendo analisada pelo MEC
é permitir que a taxa de administração bancária do Fies seja oferecida também
para bancos privados a fim de gerar maior concorrência. Hoje, esse serviço é
exclusivo da CEF e do Banco do Brasil , que cobram 2% de taxa bancária do Fies.
No segundo semestre de 2016, foram movimentados R$ 400 milhões referentes a
essa taxa, cuja cobrança foi repassada às faculdades no ano passado. Até então,
o governo pagava esse custo.
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